Mercado de Jatos Executivos Usados Mostra Sinais de Desaceleração

Imagem: Cardoso – Blog do Spotter
A quantidade de jatos executivos usados está diminuindo ao longo do tempo, mas ainda apresenta um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado (janeiro de 2024), de acordo com a análise da Jefferies Research. Dados da Amstat e da própria Jefferies mostram que, neste mês, 1.158 jatos executivos usados estão disponíveis para venda. Embora esse número represente um salto em relação ao ano anterior, ele caiu 8% desde dezembro e 4% nos últimos seis meses.
Jatos de médio porte lideraram o aumento do inventário disponível, com alta de 15%, seguidos pelos jatos leves, que subiram 9%. Por outro lado, o inventário de jatos pesados registrou uma queda de 3%. Quanto aos preços, eles se mantiveram estáveis em relação a dezembro, mas caíram 9% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Entre os fabricantes, a Bombardier apresentou uma redução no inventário de 1% a cada ano, totalizando 70 unidades. Os modelos Challenger disponíveis diminuíram em 53%, enquanto os modelos Global subiram 10% e os Learjets aumentaram 29%. Já a Cessna viu o número de jatos Citation disponíveis subir 9%, chegando a 118 unidades, impulsionado por um aumento de 13 unidades nos modelos CJ/CJ2+ leves.
A aeronaves da Gulfstream cresceu 10% em relação ao último ano, com 88 unidades disponíveis, incluindo 24 modelos G650, dos quais 17 pertencem à variante de longo alcance. Esse aumento coincide com a expansão da frota de G700 em operação, com a Jefferies relatando 31 desses modelos já em serviço.
Por sua vez, a Dassault registrou apenas 20 unidades de Falcons usados à venda neste mês, mas isso ainda representa um aumento de 25%. Já a Embraer apresentou o maior crescimento percentual, com um salto de 62%, totalizando 42 unidades no mercado, com destaque para mais modelos Legacy 600/650 disponíveis.
Em relação aos preços, os jatos da Embraer registraram a menor queda, de apenas 1%, enquanto os preços dos Falcons recuaram 3% e os Gulfstreams, 10%. Já os modelos da Bombardier e da Cessna apresentaram as maiores quedas nos preços listados, de 13% e 18%, respectivamente.